sábado, 3 de agosto de 2013
O que doía era pensar demais
Não passava de mais um sábado a noite solitário, a cabeça latejava de dor e parecia pesar uma tonelada. Ela estava sentada na poltrona da sala com seu pijama rosa claro com bolinhas minúsculas pretas e uma xícara de chá na mão, chá de maçã com baunilha. Estava inerte, o olhar fixo para o céu preto que via da janela, mal piscava. Seus pensamentos eram fora de ordem e batiam como ondas de maneira aleatória, caótica, como se jogassem para o alto todas as peças de um quebra-cabeça, ela estava confusa, e isso fazia a cabeça a doer cada vez mais, dor aguda. O som da televisão era baixo, algum filme estrangeiro estava passando, devia ser francês mas não tinha certeza, o som do seu consciente era muito mais alto. Sentia uma enorme vontade de chorar; ela tentava mas as lágrimas não caíam. Entre os goles de chá quase frio, respirava fundo e seu peito doía; angústia? Pode ser. Retomou memórias de acontecimentos ocorridos a alguns meses atrás e sorriu. Pelo menos sorriu. Poderia passar a madrugada inteira com aqueles pensamentos na cabeça que não chegaria a lugar algum. Cansada de tanto pensar, e incomodada pela dor de cabeça que tendia a piorar, ela resolve ir para a cama, e então adormece.
Paula B.
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